quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

New York Noise (2003 e 2006)


Vol.1
Vol.2
Vol.3







Punk funk, post-punk, no wave, tudo isso aparece nos três volumes da coletânea New York Noise, brilhantemente editada pela Soul Jazz Records.





http://www.souljazzrecords.co.uk/





Bom, como ando revisitando um antigo trabalho de conclusão de graduação sobre pós-punk, não custa nada colocar aqui o texto referente à No Wave. De lá para cá minha percepção sobre algumas coisas mudou, mas, de qualquer forma o texto é valido:





"Era um movimento com proposta de desconstrução do rock, que se declarava sem influências anteriores. A falta do uso de instrumentos de cordas e solos e a predileção por instrumentos não convencionais como garrafas, facas ou qualquer outro objeto que emitisse algum som eram constantes.



Apesar da proclamação de falta de influências e de extrema autenticidade, devemos lembrar que artistas como o Velvet Underground já vinham fazendo este tipo de experiência na década de 60.
Além disso, a música negra também era fonte de inspiração para algumas bandas, especialmente para James Chance and the Contortions – uma das principais do movimento – que tinha seu som baseado no jazz. Desnecessário dizer que houve rejeição dos punks mais radicais de Nova Iorque a essas bandas.



Outro aspecto que ajudou bastante nesse processo “antimúsica” da No Wave foi o fato de grande parte das pessoas envolvidas virem de escolas de arte e, por causa da época e do local, tinham preferência por arte conceitual (moda no final da década de 70, principalmente em Nova Iorque).



A boêmia e a aceitação de novas formas de arte que a cidade proporcionava fizeram com que esse cenário artístico encontrasse um lugar ideal para seu desenvolvimento. Isso sem contar o fato de haver uma área que oferecia moradia barata, o Lower East Side, e que era também um pólo de vida noturna fora dos padrões convencionais.



A área do Lower East Side era um local abandonado, mal visto, onde pontos de venda de drogas e a criminalidade se multiplicavam. Isso tinha reflexo no trabalho das bandas. Apesar de não terem temas políticos da maneira convencional, a preocupação em agredir, em chocar tem origem não só na proposta inicial do movimento, mas também pela necessidade de chamar atenção para aquela área da cidade onde o visual era praticamente o de um local arrasado por uma guerra.



As bandas desse sub-estilo do pós-punk nunca fizeram grande uso das possibilidades de aquisição de novos sons em estúdio. O som era mais adequado para ser ouvido ao vivo em pequenos clubes.



Os shows eram performances únicas, cheias de energia e um pouco de polêmica também. As bandas usavam uma aproximação mais parecida com a de espetáculos de arte concreta, ou teatro. O uso de agressões e outras táticas do gênero para causar uma reação/interação do público era constante.



Isso também fazia parte de uma vontade de atrair atenção da mídia e também de quebrar uma “regra” do rock, dizimando o distanciamento entre palco e público e tornar os espectadores parte do show.



Apesar disso ser uma constante, artistas como Lydia Lunch já preferiam apresentações mais “frias” pois acreditava que desse jeito o estranhamento causado – o que não deixa de ser uma participação do público – era maior.



Apesar de serem originários de escolas de arte, conforme citado anteriormente, os artistas da No Wave rejeitavam o rótulo de “artistas” pois isso trazia o conceito de arte elitista, feita para galerias.



Por ironia, foi exatamente em uma galeria de arte que o houve um festival de cinco dias só com artistas do movimento como Teenage Jesus, DNA e James Chance and the Contortions.
Na platéia estava Brian Eno, que propôs a elaboração de uma coletânea de bandas daquele local.





“No New York” de 1978 talvez seja o registro mais completo da época. A objetivo era exatamente esse: coletar o som dessas bandas antes que o movimento perdesse força.
Com o fechamento de alguns espaços, o crescimento do CBGB, que havia se tornado um espaço para grandes bandas em detrimento daqueles que trilhavam caminhos mais experimentais e a preferência do público ter se voltado para manifestações mais festivas e menos sérias (como eram as apresentações das bandas citadas neste capítulo) fizeram com que por volta do final de 78 o movimento se diluísse"

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Get physical fúnebre

O selo de electro/techno Get Physical, conhecido por seus lançamentos de levantar qualquer difunto nas pistas, lançou uma coletânea com o tema de um assunto recorrente na maioria das rodas de conversa de boteco: qual seria a música do seu funeral?

Para mais:

http://www.backspinpromo.com/finalsong.html

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Acabo de ver meus planos de bloco de rua/intervenção urbana irem por água abaixo

http://oglobo.globo.com/blogs/blognarua/#152909

É simplesmente surreal a falta de foco no que REALMENTE importa da polícia militar do Rio.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

E a Merge Records completa 20 anos em 2009, para comemorar eles preparam uma caixa com 14 cds, livreto e mais, com o melhor da gravadora durante esses tempos.

http://www.mergerecords.com/score/

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Arborea - Arborea (2008)


Formado em 2006 por Shanti Curran e Buck Curran, Arborea consegue ser folk e etéreo ao mesmo tempo.


Devo agradacer especialmente ao No hits, por me ter feito descobrir o melhor disco do ano que acabou de passar.


sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Fleet Foxes - Fleet Foxes (2008)

Fleet Foxes
Aee, ano novo finalmente! 2008 foi embora e que venha 2009!
Já para programar os ouvidos para os próximos meses do novo ano, o Pitchfork preparou uma listinha muito esperta!

http://www.pitchforkmedia.com/article/news/148203-the-pitchfork-guide-to-upcoming-releases-winter-2009